O sarampo voltou com tudo, junto com outras doenças já erradicadas anteriormente. No caso específico do Sarampo – doença contagiosa, que afeta principalmente os meninos – voltou a irromper com força no ano passado e levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) para dar a voz de alerta a algo que vem crescendo: os movimentos anti-vacinas. Afinal, a principal causa da volta de tais doenças é a diminuição da porcentagem de pessoas imunizadas.
Segundo dados do organismo internacional, a Europa registrou 21.315 casos de sarampo em 2017 e um total de 35 mortes. Aqui no Brasil também houve novos surtos. Se tivermos em conta que, em 2016, apenas se contabilizaram 5.273 casos, o aumento que ocorreu no último ano aumenta em até 400%.Uma das causas: o movimento anti-vacinas.
A região sofreu uma grave queda nas taxas de vacinação, devido a fatores tais como a diminuição na cobertura de imunização, a interrupção dos fornecimentos ou o auge do movimento anti-vacinas.
Em nosso país, que também se viu afetado por isso que a OMS classifica como “grande surto”, registaram-se um total de 152 casos. Cada nova pessoa afetada por sarampo na Europa nos lembra que crianças e adultos não vacinados, independentemente de onde vivam, estão em risco de contrair a doença e transmiti-la a outros que podem não estar vacinados.
A doença estava destinada a ser erradicada de todo o mundo graças à eficiência da vacina tríplice viral, que é administrada nas crianças com um ano de idade para combater o sarampo, rubéola e papeira. No entanto, as campanhas anticiência empreendidas pelos coletivos anti-vacunas fizeram mossa e causou doenças como esta, quase erradicados, tenham reapareceu em países desenvolvidos do nosso ambiente.
O sarampo
O sarampo é uma doença altamente contagiosa que é transmitida através da tosse, do espirro, por contato físico ou contato direto com secreções nasais, ou garganta de pessoas infectadas. A doença começa com sintomas semelhantes aos da gripe e, mais tarde, desenvolve uma característica erupção cutânea. A infecção pressionada, em grande medida, o sistema imunitário, pelo que, em muitos casos, ocorrem infecções.
Uma das consequências mais perigosas da doença é uma encefalite que pode ser letal ou deixar sequelas permanentes. Além disso, o sarampo pode levar a uma panencefalites se subaguda anos após a infecção. Esta doença incurável consiste em uma inflamação das células do cérebro e da medula espinhal que provoca falhas neurológicos e, finalmente, a morte. Os mais vulneráveis ao sarampo com as crianças não vacinadas e as mulheres grávidas, segundo a OMS.