O Brasil tem atualmente 3565 casos confirmados de sarampo e 15 mortes pela mesma doença, das quais 14 se deram no estado de São Paulo. Apesar de o enfoque atual estar na disseminação do novo Coronavírus é preciso falar sobre a necessidade de valorização da campanha da vacina contra sarampo em 2020. Afinal, com o vírus a solta quem não tem às duas doses da vacina precisa ficar em dia com a imunização.
Locais com surto de Sarampo no Brasil
Desde o início de 2018 até o dia 8 de janeiro de 2019, se confirmaram 10.274 casos de sarampo no Brasil. Atualmente, o país enfrenta dois surtos da doença na Amazônia, onde se registram 9.778 casos e, em Roraima, com 355 casos.
Também foram relatados 12 mortes por sarampo: quatro em Roraima, seis no Amazonas e Pará, todos os estados da região norte do Brasil.
Os casos, segundo o ministério da Saúde brasileiro, estão relacionados com as importações, uma vez que o genótipo do vírus que circula no Brasil é o mesmo que na Venezuela, país que sofre um surto da doença a partir de 2017. Roraima, onde se contabilizaram a maioria dos casos, é a zona fronteiriça com a Venezuela que mais recebe refugiados. Entretanto, tudo indica que a porcentagem de vacinação dos cidadãos brasileiros também está abaixo da média, uma vez que é preciso de 95% de taxa de imunização para o controle efetivo da doença.
O Brasil tem até fevereiro deste ano para resolver o problema, caso contrário, você corre o risco de perder o certificado de eliminação da doença, concedido em 2016, a Organização Pan-americana da Saúde. Assim o advertiu a assessora regional de imunização da entidade, Lúcia Helena de Oliveira, durante a 20.ª Jornada Nacional de Imunização, no Rio de Janeiro.
Volta do Sarampo em toda a América Latina
No que se refere ao sarampo, a imunização deve ser feita pelo menos 15 dias antes de viajar para a Argentina, Brasil, Chile, Estados Unidos, Canadá, México, Colômbia, Venezuela, Equador, Guatemala, Peru, Antígua e Barbuda. A dose é para crianças de 6 a 11 meses que visitarão os países mencionados.
O critério adotado pela Opas para determinar a existência de um contágio sustentado é que o foco da doença se mantenha durante um período superior a 12 meses. As autoridades sanitárias brasileiras estão trabalhando contra o tempo, já que os primeiros casos de sarampo no norte do país, foram identificadas no início de 2018.